Parâmetro geral da guerra
Em fevereiro de 2024 o conflito entre a Rússia e a Ucrânia completa dois anos. Desde seu início, foram sentidos terríveis impactos humanitários, econômicos e políticos, não só nos países em questão, mas também em todo o globo, como o aumento dos preços dos combustíveis e alimentos. Com isso, a comunidade internacional, com ressalva a alguns países, condenou a invasão russa e impôs sanções severas à economia do país, praticamente isolando-o do globo.
Em contrapartida, o país liderado por Volodymyr Zelenski aproximou-se do ocidente, principalmente dos Estados Unidos e da União Europeia, os quais passaram a prestar auxílio econômico, militar e humanitário ao país. Apesar de todas as consequências negativas para ambas as partes, o Kremlin, com suas motivações de expandir sua esfera de influência e prevenir aproximação da Ucrânia com o ocidente, não apresenta intenções de recuar suas ações em território ucraniano até que seus objetivos sejam concluídos. Desta forma, o caminho para o fim do conflito segue turvo em meio às negociações.
Desdobramentos cruciais do final de 2023
Sem previsão de um fim próximo, a comunidade midiática internacional vem acompanhando o desenrolar da disputa para não só tentar supor um desfecho para a situação, mas também para compreender como o conflito interfere drasticamente na ordem global. Sendo assim, existem acontecimentos recentes que são chave para a compreensão da atualidade do leste europeu.
Em junho de 2023 a Ucrânia recebeu o status de país candidato à adesão à União Europeia, logo, o pior pesadelo do líder russo está em vias de se concretizar. Já em setembro de 2023 o presidente russo Vladimir Putin assinou um decreto confirmando a anexação de quatro regiões ucranianas após a realização de referendos nas regiões: Donetsk, Luhansk, Kherson e Zaporizhzhia, onde está a maior usina nuclear da Europa. Além deste desdobramento crucial, aconteceram outros momentos relevantes no último ano. No final de novembro a União Europeia reconheceu a Rússia como um Estado patrocinador do terrorismo e como um estado que usa meios de terrorismo, dando sequencia ao isolamento diplomatico em vigor.
Últimas atualizações do conflito em 2024
O conflito que tem se estendido por praticamente dois anos já apresentou acontecimentos relevantes neste ano de 2024. Mais precisamente no início do deste mês de fevereiro, Putin afirmou em entrevista a um jornalista estadunidense que uma derrota da Rússia na Ucrânia é “impossível” e também apontou aos líderes americanos que “Se realmente querem parar de lutar, devem parar de fornecer armas". Em contrapartida, o líder ucraniano agradeceu o apoio militar estrageiro após sofrer mais um ataque russo, desta vez em 10 de fevereiro na cidade de Kharkiv, que deixou cerca de 7 mortos.
No dia seguinte, a Ucrânia sugeriu que a Rússia tenha roubado sua internet Starlink, fornecida ainda em 2022 pela empresa do bilionário Elon Musk, em territórios ocupados. No dia 13 de fevereiro um centro de pesquisas ucraniano concluiu, em análise preliminar, que um míssil russo de velocidade hipersônica foi utilizado em um ataque a Kiev na semana anterior. O ministério de defesa russo não se manifestou sobre o uso do míssil, que, se confirmado, representaria a primeira vez de sua utilização na guerra. Essa acusação ocorre em meio à promessa de Putin de retaliação à decisão da União Europeia de reservar lucros obtidos com ativos congelados do Banco Central da Rússia.
A guerra entre a Rússia e a Ucrânia continua a ser um ponto de grande preocupação internacional, com consequências humanitárias, políticas e econômicas significativas. Enquanto os confrontos persistem e as tensões se intensificam, o mundo observa atentamente em busca de uma solução que traga estabilidade à região e evite uma escalada ainda maior do conflito.
Por Natalia Alves dos Santos e Silva em 20/02/2024
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