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Eleições argentinas e suas possíveis consequências para as relações externas

Contextualização 

 

           A Argentina mesmo estando vivenciando uma grave crise econômica, ainda se mantém como uma das principais parceiras comerciais do Brasil, atrás apenas da China e dos Estados Unidos. E, com a existência de uma eleição argentina tão polarizada assim como as eleições brasileiras de 2022, as relações entre Brasil e Argentina podem sofrer modificações, assim como o futuro das relações com a China e os países da América Latina. 

           Com o segundo turno das eleições da Argentina se aproximando, 19 de novembro, tendo como protagonistas Javier Milei, favorito nas pesquisas que ganhou fama mundo afora devido as suas propostas de resolução da crise econômica do país, vistas por muitos como radicais e, do outro lado, Sergio Massa, ministro da economia ligado a corrente peronista e que possui ideias políticas e econômicas mais voltadas para centro-esquerda.

Futuro com o Milei no poder 

           O candidato considerado como anarco-capitalista, já fez alegações que caso se torne presidente iria se retirar do Mercosul, o que poderia ocasionar uma demora ainda maior no acordo comercial que o bloco econômico tenta fazer com a União Europeia desde 1999. Outro fator que pode preocupar as relações Brasil-Argentina, são as diferenças ideológicas entre Milei e o Presidente Lula, ainda mais acentuadas quando o argentino alega que Lula esteja influenciando as eleições argentinas. Essa relação pode afetar a entrada da Argentina dentro do BRICS. O candidato argentino também afirmou que iria cortar laços com a China e iria fortalecer os comércios com os Estados Unidos, porém isso seria inviável para o país, haja visto que a China é seu segundo maior parceiro comercial. Tudo isso por conta das diferenças de pensamentos ideológicos. 

Futuro com Massa no poder 

           Quanto ao candidato que já ocupou o cargo de ministro da economia dentro do governo argentino, promete que em seu governo haveria um possível aumento no fluxo comercial com o Brasil, além do fortalecimento do Mercosul junto com o apoio de finalizar o acordo entre o bloco e a União Europeia. Em caso de vitória as relações bilaterais dos dois países seriam facilitadas e focadas no Mercosul e com a estabilidade monetária argentina, poderia facilitar a indústria automotiva brasileira. ​Porém, ainda haveria preocupações por Massa pertencer ao grupo político que está associado com a atual situação econômica no país e ter uma suposta proximidade com os Estados Unidos, o que futuramente poderia afetar a adesão da Argentina dentro do BRICS.

 

 

 

Por Gabriel Zulzke Duarte em 07/11/2023

 

 

Fontes:

bit.ly/3QSd4rR

bbc.in/3ssDgju

bit.ly/465E8sc

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