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A saída de Mário Draghi e as relações comerciais Itália-Brasil

Saída de Mario Draghi e as novas eleições italianas

          Mario Draghi, ex-primeiro-ministro italiano havia ocupado o cargo desde 13 de fevereiro de 2021, contando com o apoio de quase todos os partidos políticos na época. Entretanto, nos últimos meses sua base de apoio sofreu uma grande cisão e, após uma série de críticas ao seu governo frente às crises políticas que logo surtiram reflexos na economia do país, o ex-premiê anunciou a renúncia de seu cargo no último mês de julho (2022). Em 25 de setembro, os italianos irão eleger um novo parlamento e, mesmo com sua saída, Mario Draghi continuará no cargo até o fim das eleições italianas, no aguardo do(a) próximo(a) premiê. Segundo as pesquisas eleitorais no país, a maioria da população está favorável à extrema-direita, com destaque no partido “Irmãos de Itália”, liderado por Giorgia Meloni.

 

O partido Irmãos de Itália-Aliança Nacional 

          O partido de Meloni é herdeiro do antigo Movimento Social Italiano (MSI), partido neofascista criado após a Segunda Guerra Mundial. O programa eleitoral dos “Irmãos de Itália” consiste na luta contra imigração ilegal, redução de impostos e a mudança do sistema parlamentarista para o presidencialista.

          Seguindo nesta linha, Giorgia Meloni defende uma redução da burocracia da União Europeia por considerar que isto contraria a soberania nacional. Contudo, a Itália ainda precisa dos auxílios econômicos fornecidos pela UE para a sua reconstrução econômica, tendo em vista a crise econômica que vêm enfrentando desde a pandemia. Dessa forma, a Itália em breve apresentará um programa econômico para que assim possa receber os auxílios do Plano Nacional de Recuperação e Resiliência (PNRR): um financiamento europeu de 20 Bilhões de euros.

         

Coronavírus e a econômia italiana 

          A Itália foi o país da Europa mais afetado pelo coronavírus, assolado por milhares de mortes e também pelo atraso de diversos investimentos, fragilizando muito o mercado. O governo italiano em 2020 teve 157,7% do seu PIB reservado à dívida pública, sendo então, um país com uma economia altamente vulnerável. Isso posto, no pós-pandemia, a Itália decidiu apostar no turismo como um dos pontos principais para a reestruturação de sua economia. Por outro lado, a indústria italiana, o setor de varejo e supermercados foram os menos afetados pela crise.

 

A relação Brasil-Itália

          A Itália é o segundo país europeu que o Brasil mais importa alimentos, dentre esta área, os produtos que têm mais destaque estão na gama de massas (30,9 milhões de dólares por ano), vinhos (43 milhões de dólares por ano) e azeites (21,5 milhões de dólares por ano). Agora, sobre os dados de exportação, em 2021, o Brasil importou 238,3 milhões de dólares, um crescimento de 3% em relação a 2020.

          Somente no primeiro trimestre deste ano, o valor de importação já chega a 74,5 milhões de dólares e, mesmo com a moeda brasileira estando sujeita aos altos índices inflacionários e, a sua paridade em relação ao dólar ainda manter-se alta, o fluxo comercial entre os dois países continua crescendo. Dessa forma, quando o país superar a crise inflacionária e o consumo per-capita do brasileiro aumentar, essa relação comercial, que já é uma positiva, deve tornar-se ainda melhor.

Por: Érico Simões em 02/09/2022

Fontes:

https://bit.ly/3RflcQT

https://bit.ly/3wPsFyc

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