Aprovação do Projeto Willow e a crise climática
Explicando o projeto
Joe Biden aprovou, dia 13 de março, o projeto da ConocoPhillips, maior refinaria da região, que visa a retirar cerca de 180 mil barris de petróleo por dia, na Reserva Nacional de Petróleo no Alasca. A proposta inicialmente era composta por cinco áreas de perfuração, mas após várias críticas e no sentido de mitigá-las, o número foi reduzido para três.
O presidente dos Estados Unidos está sendo profundamente criticado por sua decisão, já que em sua campanha eleitoral ele prometeu acabar com as perfurações em terras federais, além de lutar contra as mudanças climáticas. Entretanto, de acordo com as previsões do projeto, cerca de 9,2 milhões de toneladas métricas de poluição de carbono serão lançadas à atmosfera, por ano, o que significa um grande retrocesso na luta contra o aquecimento global.
Críticas ao projeto
De um lado, a empresa responsável alega que o projeto vai gerar empregos, investimentos locais e receitas, além de significar uma nova fonte de renda importante para a região e aumentar a produção nacional de energia, diminuindo a dependência norte-americana. Por outro lado, grupos ambientalistas se mantém firmemente contra e argumentam que o impacto sobre o clima e a vida selvagem deveria ser motivo suficiente para a interrupção do projeto, alertando não só quanto aos riscos de poluição, mas também quanto à extinção de espécies nativas.
Também, ainda os opositores, apontam para as condições da população local que vai precisar lidar com o impacto provocado pelo fato de virem a ser rodeados por estações de refinaria e imensas perfurações. Assim, elaborou-se uma petição, que recolheu mais de três milhões de assinaturas e que foi enviada para a Casa Branca, marcando posição contra o projeto e solicitando a sua suspensão.
Decisão do governo americano
O projeto Willow já havia sido proposto pela empresa americana em 2017, tendo sido aprovado no decorrer do governo de Donald Trump, em 2020, porém após diversos protestos e processos de indígenas e grupos ambientalistas, que alegaram a violação dos direitos de proteção ambiental e dos direitos humanos. Estes protestos tiveram sucesso e resultaram na suspensão temporária do projeto para revisão ambiental.
Atualmente, está a se aguardar uma decisão final do governo americano, o que deve ocorrer nas próximas semanas.
Por: Gabriela Costa Eitler em 31/03/2023
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